7.7.08

Alguns meses depois...


Paredes cinzas, uns dois sofás, alguns pufes espalhados pela sala, no fundo uma média mesa de madeira com um quadro estampando um semblante um tanto confuso de Freud centralizado na parede e uma grande porta de vidro, porém, sua cortina impediam a visão ultrapassar para o espaço de dentro. Um silêncio predominava e algumas pessoas esperavam por algo, que com certeza não sabiam o que era. Semblantes embotados de desespero, confusão, depressão e angústia eram comuns no recinto. Nenhuma só se quer palavra era recitada a não ser alguns nomes, mas poucos se apresentavam. Quem será ela que anunciava os nomes com uma intensa frieza? – não apresentava um só sentimento! Enfim, o silêncio se rompe com um guizo preso que anunciava a porta se abrindo... Blim lim lim blim lim lim. E todos em frações de segundos pareciam que tinham voltado a vida e suas cabeças se movimentavam 90º à direita, com o objetivo de ver quem era o rapaz que deveria conter os mesmos sentimentos de todos ali presentes na sala. Ele entra e se senta como se não houvesse ninguém ao seu redor.
Que olhares famintos! – pensava ele.
As horas passavam paulatinamente e uma sinfonia se compusera com, relógio e alguns extintos pássaros enaltecendo. Tic-tac tic-tac fíu-fíu fíu-fíu tic-tac tiiic-tac. As gotas d’gua iam se evaporando na forma com que a sala ia se esvaziando, logo, não restara dúvidas que ele seria o próximo. Enfim o silêncio se rompia novamente e aquela senhora que aparentemente parecia está desanimada, louvava o último nome.
-John, pode entrar! – dizia ela.
Sua adrenalina subia e um frio na barriga o impedia de se levantar, no entanto, ele via que não tinha saída a não ser entrar na sala e se deitar no divã.
-Bem, vamos inventar sua doença. – dizia o psicólogo. (Thiago)